Vivemos em todo o mundo uma ofensiva do Capital sobre os trabalhadores(as). Uma ofensiva que assume diversas formas e que crescentemente tem na guerra um dos seus mecanismos de desenvolvimento. O massacre sistemático e genocida do Estado de Israel contra o povo palestino e o conflito inter-imperialista que vitima o povo ucraniano são expressões bélicas da barbárie capitalista. Os povos em luta por autodeterminação precisam da mais ampla solidariedade internacionalista contra as agressões imperialistas.
Em todos os continentes, vemos também que a crise capitalista tem levado ao fortalecimento de grupos de extrema-direita e neofascistas. Seja com Milei na Argentina, com o Chega em Portugal, Trump nos EUA e o bolsonarismo no Brasil, a agenda desses setores é intensificar a exploração da classe trabalhadora, naturalizando a violência contra os explorados e oprimidos por meio da xenofobia, racismo, machismo e lgbtfobia.
A uberização do trabalho e o aprimoramento das formas de exploração com o uso de aplicativos é o futuro próximo que o Capital apresenta para o conjunto da classe trabalhadora. Hoje, os motoristas e entregadores. Amanhã, serão professora(es), empregadas domésticas, operários da construção civil e profissionais da saúde inseridos numa rotina de trabalhos sem direitos como férias, 13°, jornada de trabalho, conquistas que foram fruto de séculos de luta da classe trabalhadora.
Este é o presente/futuro proposto pelo Capital. Guerras permanentes, mais violência contra os explorados e oprimidos, menos direitos para a classe trabalhadora. Cada um desses elementos agrava o cenário dramático de colapso climático, pois aumentam as emissões, ampliam a mercantilização da natureza e condenam as populações mais pobres aos efeitos mais severos das enchentes, deslizamentos, secas e outros eventos climáticos extremos.
Se a disposição da classe dominante é levar o planeta ao colapso, colocando em risco a própria humanidade, a força da classe trabalhadora é indispensável na construção de um futuro com dignidade. Superar o capitalismo é uma tarefa colocada na ordem do dia pela emergência climática que atravessamos. Nesse sentido, as soluções de “conciliação” com o Capital não permitem travar o avanço do agronegócio sobre as florestas, da mega-mineração que destrói cidades inteiras e do garimpo ilegal que viola os territórios dos povos indígenas.
É necessário construirmos uma rebelião ecossocialista contra a ofensiva do Capital. Uma rebelião que reúna o operariado das fábricas, os entregadores por aplicativo, as mulheres em luta, o povo negro que resistiu e segue resistindo. Esta foi a razão que nos levou exatamente um ano atrás a fundar uma organização com este nome. Uma rebelião que renove as esperanças na convocação que atravessou os séculos inspirando os explorados a lutarem. UNI-VOS!
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