É com alegria que anunciamos essa decisão. Agora somos militantes da Rebelião Ecossocialista. Construir uma organização revolucionária marxista em 2024 é um desafio. Mas também é uma necessidade.
Sabemos que o capitalismo não será superado nas próximas semanas. Mas também sabemos que a humanidade não vai suportar mais muitos anos desse sistema. As consequências das mudanças climáticas, das desigualdades sociais e da violência fascista se tornam cada vez mais graves. Isso um dia vai chegar a um limite. Utopia é achar que o capitalismo vai durar para sempre.
Não sabemos se o momento decisivo da história será daqui cinco ou cinquenta anos. Mas sabemos que a tarefa dos revolucionários é se agruparem já a partir de hoje. Ainda não há no Brasil uma grande organização que reúna todos os que levantam a bandeira do ecossocialismo. Mas existem grupos que estão dispostos a reunir pessoas que lutam por esse objetivo. Devemos desde já impulsionar as correntes ecossocialistas que temos e defender a unidade para a construção de um projeto maior.
Por isso escolhemos a Rebelião Ecossocialista. É uma organização jovem, que existe há pouco mais de um ano, mas que é parte da tradição IV Internacional. Desde 1940, esta é a principal organização daqueles que lutam pelo socialismo em nível mundial.
A Rebelião Ecossocialista faz parte do PSOL, que tem sido a ponta de lança da luta contra o fascismo no Brasil e reúne o melhor da militância de esquerda em nosso país. Dentro deste partido, a organização que agora construímos se localiza no campo que defende a independência em relação ao governo.
Nossa decisão se dá depois de quatro meses nos reunindo em um grupo de área próxima. Pudemos ver que a Rebelião Ecossocialista é uma corrente que tem como prioridade a luta direta da classe trabalhadora e busca evitar o apego a cargos e aparatos.
Outra qualidade da Rebelião Ecossocialista é a preocupação em preservar o chamado regime leninista. Ao contrário do que muitos pensam, se trata de uma forma profundamente democrática de organização, em que todos aqueles que cumprem os critérios de militância podem discutir e participar das decisões políticas.
Entendemos que a Rebelião Ecossocialista é um instrumento para a construção de um projeto maior. Ficamos felizes que os companheiros da Insurgência - Reconstrução Democrática tenham uma leitura da realidade semelhante à nossa. Também achamos muito positivo o diálogo com militantes vindos de outras correntes.
Em Brasília, seguimos construindo o Coletivo 14 de Março junto com companheiros da APS e independentes. Essa frente de militantes tem sido uma grande experiência de unidade com camaradas muito valorosos e é um exemplo do que pode ser um campo classista e independente do PSOL.
Queremos que nossa entrada na Rebelião Ecossocialista seja um chamado à unidade daqueles que querem se organizar para a luta em defesa de uma sociedade superior ao capitalismo. Saudamos todos aqueles que têm coragem de lutar. Até a vitória!
Ademar Lourenço
Joaquim Maia Neto
Diego Dutra
Regina Scala
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